MISS GRAND BAHIA: ANANDA, A MENINA DE ABRANTES QUE ROMPE PADRÕES E LEVA A FORÇA DA BAHIA AO BRASIL

MISS GRAND BAHIA: ANANDA, A MENINA DE ABRANTES QUE ROMPE PADRÕES E LEVA A FORÇA DA BAHIA AO BRASIL

MISS GRAND BAHIA: ANANDA, A MENINA DE ABRANTES QUE ROMPE PADRÕES E LEVA A FORÇA DA BAHIA AO BRASIL
MISS GRAND BAHIA: ANANDA, A MENINA DE ABRANTES QUE ROMPE PADRÕES E LEVA A FORÇA DA BAHIA AO BRASIL (Foto: Reprodução)

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos humanos

Quando Ananda, jovem de Abrantes, subiu ao palco com o traje típico que reverencia as raízes afro-baianas, ela não representava apenas a Bahia. Ela carregava consigo a história de um povo, a resistência de sua comunidade, a luta de tantas mulheres negras que nunca desistiram de sonhar.

Filha da professora Antônia, educadora dedicada da rede pública de Catu de Abrantes, Ananda cresceu estudando em escolas públicas, com a simplicidade de quem sempre soube que a educação é o primeiro passo para qualquer transformação. Não nasceu em berço de ouro, mas em uma casa de valores firmes, onde aprendeu que dignidade e coragem são joias que ninguém pode tirar.

Com beleza, inteligência e carisma, ela conquistou o título de Miss Bahia, quase levou a coroa de Miss Brasil e ainda arrebatou prêmios como Miss Simpatia e Melhor Corpo, reconhecimento que prova seu talento e dedicação. Mas, apesar de ter “tudo para vencer”, ela não foi eleita Miss Brasil.

E aí começam as perguntas que incomodam. Por que não? Muitos acreditam que o resultado repetiu padrões antigos: a vencedora, Miss Paraíba, é muito parecida com a Miss Brasil anterior, que apresentou o concurso. Alta, com quase 2 metros de altura, loira e dentro do padrão de beleza que o país insiste em não superar. Ananda, além de não falar inglês – algo que facilmente poderia ser contornado –, é negra, baiana e fora do modelo “tradicional” que ainda domina muitos palcos.

Mas quem disse que a vitória está apenas na coroa? Ananda já é um símbolo. Uma mulher preta, de escola pública, filha de professora, da periferia de Camaçari, que chegou tão longe e inspirou tantas outras meninas a acreditarem que podem ocupar qualquer lugar.

Cada búzio, cada pedra e cada chama no traje típico de Ananda não eram apenas enfeites, mas manifestações da ancestralidade africana que construiu a Bahia e o Brasil. E quando ela desfilou, carregou consigo as vozes das mães pretas que, como Antônia, seguem educando e resistindo para que suas filhas possam ir ainda mais longe.

Porque beleza não é padrão, é identidade. E representatividade é muito mais poderosa que qualquer coroa.

Leia, compartilhe e reflita: quantas Anandas ainda precisam surgir para que o Brasil aprenda a valorizar, de verdade, todas as suas cores e histórias?

Quer que eu monte também um roteiro de entrevista impactante com Ananda, abordando trajetória, identidade, superação e representatividade?

Foto: Instagram

Matéria: Jornalista Nilson Carvalho a pedido do colunista Heitor Chamusca


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