ESCÂNDALO NA GESTÃO PÚBLICA: DE ILHÉUS A IBITITÁ, MILHÕES DESVIADOS ENQUANTO O POVO PAGA A CONTA
ESCÂNDALO NA GESTÃO PÚBLICA: DE ILHÉUS A IBITITÁ, MILHÕES DESVIADOS ENQUANTO O POVO PAGA A CONTA

Por Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social
Enquanto hospitais carecem de insumos, escolas públicas agonizam com estruturas precárias e comunidades inteiras clamam por saneamento básico, mais de R$ 30 milhões em recursos públicos foram parar em contratos superfaturados, abastecimentos suspeitos e pagamentos sem qualquer comprovação. É o retrato da velha política que insiste em sangrar o povo baiano, exposto em uma sequência de escândalos investigados pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA).
Ilhéus: milhões em contratos de limpeza superfaturados
Na antiga capital do cacau, o ex-prefeito Mário Alexandre (PSD) terá de devolver R$ 1,6 milhão aos cofres públicos, após auditoria revelar sobrepreço em serviços de limpeza urbana. A mesma gestão que gastou R$ 14,5 milhões em obras e R$ 6,7 milhões em coleta de lixo foi condenada a pagar multa de R$ 50 mil, escancarando um modelo de gestão que privilegia contratos milionários enquanto a cidade sofre com desigualdade social.
Ibititá: saúde usada como moeda de fraude
Em Ibititá, a tragédia se repete. O ex-prefeito Cafu Barreto (PSD) terá de devolver R$ 830 mil pagos irregularmente à empresa “Machado Levi Serviços”. Processos sem relatórios, sem justificativas técnicas e sem transparência. A saúde, que deveria ser sagrada, virou caminho para contratos sem licitação e favorecimentos obscuros.
Maiquinique: aluguel de veículos a preço de ouro
Em Maiquinique, no sudoeste baiano, contratos de mais de R$ 3 milhões chamaram atenção da Justiça. Um único carro chegou a ser alugado por R$ 33 mil mensais. Notas fiscais adulteradas e empresas favorecidas receberam R$ 823 mil em apenas seis meses. A Justiça determinou suspensão imediata, com multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Santo Amaro: combustível para veículos fantasmas
No Recôncavo Baiano, Flaviano Rohrs Bonfim vai devolver R$ 227 mil após ser denunciado por abastecer veículos sem qualquer comprovação de serviço público. Ao todo, R$ 8,9 milhões foram gastos com combustível, incluindo motos e carros particulares. Uma demonstração clara de negligência e descaso com o dinheiro do povo.
Teofilândia: R$ 5 mil mensais só para combustível
Em Teofilândia, o prefeito Higo Moura (PSB) precisará explicar por que o carro oficial consumiu 11 mil litros de diesel em apenas um ano, custando R$ 58 mil aos cofres públicos.
Esses casos não são isolados. São o reflexo de uma cultura de impunidade, que permite que gestores usem o dinheiro público como se fosse privado, enquanto o cidadão comum continua preso à miséria, à falta de oportunidade e ao abandono.
Quantas creches poderiam ser construídas com esses milhões? Quantos postos de saúde poderiam funcionar com dignidade? Enquanto meia dúzia enriquece, milhares seguem sem direitos básicos garantidos.
Até quando aceitaremos que o poder público trate a população como refém?
Leia, compartilhe e reflita: o dinheiro que falta na sua rua, na sua escola e no seu hospital pode estar indo para os bolsos errados. Só a pressão popular pode quebrar esse ciclo de corrupção!
Foto: Internet
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