José Cupertino Filho no Colunista - Amizade, esqueça
José Cupertino Filho no Colunista - Amizade, esqueça

Tem temas que escrevemos porque gostamos, outros fazemos porque temos que escrever e alguns escrevemos pois nos pedem para fazer.
Um tema que cada dia mais evito escrever, e o que trata de política, pois é um assunto que se for escrito de uma forma fidedigna por quem, viveu por 37 anos dentro desse ambiente, haverá de chocar alguns e surpreender outros e causar raiva para outros, assim por diante, pois nunca haverá unanimidade sobre o tema.
No ambiente da política o que mais se presencia e vemos ser praticado por parte de muitos políticos é a hipocrisia, a ingratidão, a mentira e outros procedimentos não muito recomendáveis, para quem tem caráter e personalidade bem formada.
Os episódios recentes na política de Camaçarí, nos trazem notícias do rompimento,
entre dois políticos que até outubro de 2024 eram aliados, e juravam amizade eterna e consideração de amigos.
Se apresentavam para o público de forma amigável, coesos entre si, falando a mesma linguagem e fazendo o povo entender que ali existia, uma profunda amizade e consideração. Mas no primeiro episódio onde se tem que decidir quem continuará a trajetória política, vem a tona toda verdade, aquilo que era mostrado ao público, não passava de uma encenação, uma pantomima, para enganar a população e ganharem juntos uma eleição, que daria aos grupos envolvidos mais alguns anos gerindo para os interesses desses grupos um município detentor de uma grande arrecadação, que certamente parte dessa arrecadação serviria para adubar as ambições pecuniárias dos detentores do poder, como estamos acostumados a ver em muitos governos que por aqui passaram.
Esses episódios não são raros, uma situação parecida com essa de agora, aconteceu em 2013. O prefeito que encerrou o seu mandato em dezembro de 2012, e que apoiou o seu sucessor que venceu a eleição, rompe uma “amizade “de anos por se achar preterido em algumas ações do governo.
Então o que fica constatado é a toxidade desse ambiente chamado política, muito escamoteamento de intenções, muita casca de banana, muito jogo de interesses pessoais e zero consideração ou amizade sincera, tudo é baseado nas conveniências do momento, o seu amigo de hoje pode ser o seu grande inimigo de amanhã, basta aparecer algum episódio que contrarie os interesses de um dos “cúmplices”, ou se a partilha do botim não for satisfatória.
Muitos outros exemplos dos comportamentos condenáveis poderiam aqui ser citados, mas por enquanto me dou por satisfeito e atendo aos pedidos de alguns que
pediram a minha opinião sobre esse episódio acontecido recentemente em Camaçarí.
Quem sentir vontade de entrar na vida pública, que entre, principalmente se for uma pessoa de boa índole e bem formado de caráter, precisamos de pessoas assim para mudarmos essa triste realidade de uma atividade na qual o bom procedimento, honestidade, ética e bom caráter deveriam ser a tônica. Mas prepare-se, para ver muitas vezes os seus princípios serem abalados, pelos procedimentos e atitudes de muitos que lá estão e que fazem dessa atividade a última ocupação de um canalha.
Que DEUS tenha piedade de um povo, que tem canalhas ocupando cargos públicos.
Até breve e um forte abraço.
José Cupertino Filho.
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