Alameda do Rio: um grito abafado na lama do abandono
Alameda do Rio: um grito abafado na lama do abandono

Por Nilson Carvalho – Jornalista, Ativista Social e Embaixador dos Direitos Humanos
No coração rural de Camaçari, um cenário de abandono e dor se arrasta há décadas, mas parece invisível aos olhos de quem detém o poder. A comunidade da Alameda do Rio clama por socorro. E o que encontra? Lama, lixo, buracos e esquecimento.
Enquanto líderes políticos trocam farpas sobre quem será o próximo deputado estadual ou federal do município, dona Maria, seu José, dona Juce, dona Jaci e seu esposo lutam diariamente para simplesmente sair de casa sem afundar na lama ou tropeçar nos buracos das ruas.
Essas famílias, símbolo de dignidade e resistência, vivem com o mínimo. E ainda assim mantêm o que muitos engravatados perderam: fé em Deus e esperança em um amanhã mais justo. Elas tapam buracos com as próprias mãos, compartilham as dores e dividem a pouca estrutura que têm. Mas o que não aceitam mais é o silêncio.
Esquecidos até que apareçam os votos
A pergunta que ecoa nos becos enlameados da zona rural é direta: será que só em 2026 alguém vai lembrar que existimos? Quando os mesmos políticos de sempre voltarem com suas promessas fáceis, apertos de mão treinados e frases feitas, tentando convencer que agora “será diferente”?
Alameda do Rio não precisa de discursos. Precisa de ações, dignidade, respeito e políticas públicas que saiam do papel e entrem na vida dessas famílias.
Uma cidade dividida entre as vaidades do topo e os gritos da base
Enquanto isso, as comunidades rurais de Camaçari continuam vivendo como se não fizessem parte do município. Sem infraestrutura, sem saneamento, sem apoio. A cada eleição, ouvimos que “é hora de mudar”, mas a única mudança que o povo vê é a da placa nas mãos dos candidatos.
E a pergunta que não cala: será que os buracos que essas famílias tapam sozinhas vão continuar sendo ignorados pelos que hoje brigam para sentar no próximo trono político?
Leia. Compartilhe. Reflita. Somos seres humanos filhos de Deus e queremos ser respeitados.
Chega de invisibilidade! Cada gesto de omissão hoje será cobrado um dia. Porque da justiça dos homens se foge… mas da justiça de Deus, jamais.
Fotos: Comunidade Alameda do Rio
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