US - Quando a Democracia Sangra: O Tiro que Silencia Vozes e Acende o Alerta do Mundo
US - Quando a Democracia Sangra: O Tiro que Silencia Vozes e Acende o Alerta do Mundo

Na madrugada gelada de Minnesota, o que deveria ser apenas mais uma noite de silêncio foi cortado por disparos que atravessaram janelas, paredes — e o coração da democracia americana.
A deputada estadual Melissa Hortman, presidente da Câmara local, e seu marido, Mark Hortman, foram assassinados dentro da própria casa. Uma hora depois, o senador estadual John Hoffman e sua esposa também foram alvejados. Ele e a esposa sobreviveram. Ela, um dos maiores símbolos da resistência progressista no Estado, não teve a mesma sorte.
Dois lares invadidos. Duas famílias devastadas. Dois representantes eleitos alvejados por fazerem o que a democracia exige: pensar diferente.
As autoridades já tratam o caso como um crime com motivação política. E a suspeita recai sobre um homem que ainda está foragido, armado não só com balas, mas com ideologia extremista.
Essa não é apenas uma tragédia local. É um sinal de alerta global.
Quando o ato de servir ao povo se torna uma sentença de morte, a liberdade entra em estado de coma.
O atentado em Minnesota não é um episódio isolado, mas reflexo de um mundo que normalizou o discurso de ódio, o negacionismo e a violência contra a política do bem comum. Melissa Hortman não foi assassinada apenas por ser deputada — foi morta por ser mulher, progressista, por levantar a voz contra o autoritarismo, e por ousar acreditar que a política ainda pode ser instrumento de transformação e justiça.
John Hoffman, ainda entre nós, carrega agora mais do que cicatrizes físicas: carrega o peso de continuar lutando em nome dos que tombam pela democracia.
Neste tempo em que a radicalização política faz vítimas, e a violência ameaça calar as vozes da esperança, precisamos — urgentemente — parar de tratar atentados como exceções e começar a encarar o ódio como uma epidemia silenciosa e letal.
"Quando uma bala cala uma voz, o que morre não é só uma pessoa. É o direito de todos nós de pensar, discordar e viver em liberdade."
Compartilhe. Reflita. Reaja. Porque o próximo alvo pode ser o silêncio que você aceita hoje.
Foto: Internet
Por: Dimas Carvalho – Colunista Jornal Papo de Artista Bahia
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