Ponte Salvador-Itaparica: A Obra que Virou Novela, Mentira e Desrespeito ao Povo

Ponte Salvador-Itaparica: A Obra que Virou Novela, Mentira e Desrespeito ao Povo

Ponte Salvador-Itaparica: A Obra que Virou Novela, Mentira e Desrespeito ao Povo
Ponte Salvador-Itaparica: A Obra que Virou Novela, Mentira e Desrespeito ao Povo (Foto: Reprodução)

A cada nova promessa, renasce uma esperança — e morre um pouco mais da dignidade do povo. O anúncio recente de que o Governo da Bahia e a Concessionária Ponte Salvador-Itaparica celebraram um novo “acordo contratual” para avanço do projeto e das obras, foi recebido não com festa, mas com revolta.

A TV BAHIA 3 foi às ruas, e ouviu a voz do povo. Voz essa que já não clama por milagres, mas grita por respeito. Quatorze pessoas entrevistadas. Quatorze expressões de indignação. E uma só certeza: ninguém acredita mais nessa ponte.

“Minha avó falava dessa ponte. Morreu. Minha mãe falava. Morreu. Agora sou eu que estou indo… e duvido que minhas filhas ou netos vejam isso sair do papel”, desabafa dona Clara de Jesus, nativa da ilha, com os olhos marejados e a alma cansada de ser enganada.

Seu Antônio de Abreu Santos foi direto:

“Eu não acredito em mais nada. São todos mentirosos. A gente só serve para votar. Quando chove, a gente não consegue sair nem para ir ao médico em Salvador. Cadê o Ministério Público? Cadê o Governo Federal? Acabaram, foi?”

Seu Zé Carlos, dona Maria de Lurdes, dona Francisca, mães, pais, trabalhadores — todos disseram o mesmo: décadas se passaram e a ponte se tornou símbolo do abandono, da mentira institucionalizada e da exploração do voto popular.

Cada campanha política é um novo capítulo dessa novela cruel, onde o povo é sempre figurante, mas nunca protagonista. O anúncio do "avanço" do projeto é apenas mais um ato nesse teatro de promessas que nunca viram concreto, apenas manchetes.

O povo da Ilha de Itaparica e de toda a Bahia não quer mais discursos bonitos. Quer dignidade. Quer respeito. Quer justiça.

O povo não quer ponte de papel, quer ponte de verdade. Não quer acordo de gabinete, quer ação no chão. Não quer promessa de palanque, quer obra no presente.


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Fica a pergunta: Quantas gerações ainda precisarão morrer acreditando em promessas que nunca saem da lama?

Fotos: Internet

Por Nilson Carvalho – Jornalista da TV BAHIA 3


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