Reajuste dos Servidores de Salvador Fica na Geladeira — e Quem Paga a Conta é o Trabalhador

Reajuste dos Servidores de Salvador Fica na Geladeira — e Quem Paga a Conta é o Trabalhador

Reajuste dos Servidores de Salvador Fica na Geladeira — e Quem Paga a Conta é o Trabalhador
Reajuste dos Servidores de Salvador Fica na Geladeira — e Quem Paga a Conta é o Trabalhador (Foto: Reprodução)

Decisão de adiar votação afeta diretamente o bolso de milhares de servidores públicos, especialmente professores, e escancara o jogo de empurra na Câmara de Salvador.

Por Redação Voz da Gente

Enquanto os preços dos alimentos disparam, a conta de luz aperta e o gás de cozinha pesa no fim do mês, milhares de servidores públicos municipais — com destaque para os professores — continuam esperando um reajuste salarial que insiste em não sair do papel.

Nesta segunda-feira (19), durante sessão da Câmara Municipal de Salvador, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Sidninho (PP), confirmou: o projeto de reajuste não será votado nesta quarta-feira (21).

Motivo? Pedido de vistas da oposição, que empurrou o projeto para, no mínimo, quinta-feira (22). E, segundo o próprio Sidninho, “a possibilidade é muito remota” de votar ainda essa semana.

QUEM SENTE NA PELE?

Você, servidor. Você, professor. Você, auxiliar. Você que já viu o salário perder valor mês a mês enquanto o custo de vida só sobe. A cesta básica já engoliu o aumento passado, e agora, com mais esse atraso, o que era esperança vira frustração.

“É sempre a mesma história. O salário fica pra depois, mas a conta chega todo mês na mesma data”, desabafa Marina Silva, professora da rede municipal há 14 anos. “Quando o reajuste chega, já estamos devendo o reajuste do reajuste.”

O TEMPO NÃO PARA — E O PREJUÍZO SÓ AUMENTA

A cada dia sem reajuste, mais famílias têm que cortar no essencial: carne, remédio, transporte. E enquanto isso, a Câmara vira palco de manobras regimentais, pedidos de vistas e discursos que parecem ignorar a urgência da realidade.

O presidente da CCJ fez questão de afirmar que é um “regimentalista”, ou seja, que respeita as regras da Casa. Mas na prática, quem espera resposta imediata não é o regimento — é o povo.

“A gente só quer o que é justo. Ninguém tá pedindo favor. A inflação tá aí, o salário ficou pra trás”, disse um servidor que preferiu não se identificar, com medo de retaliações.

DIREITO ADIADO É DIREITO NEGADO?

O reajuste salarial não é luxo — é uma necessidade básica e um direito garantido pela Constituição. Ao adiar a votação, a Câmara coloca em espera o direito de quem mantém a cidade funcionando: os professores que ensinam, os agentes que cuidam da saúde, os trabalhadores que mantêm os serviços públicos vivos.

O risco? Que a demora se transforme em mais um ano de perdas acumuladas. Porque uma coisa é certa: o mercado não espera, os boletos não esperam, e a dignidade não deveria esperar também.

ALERTA DE ESCASSEZ: O SALÁRIO ESTÁ DERRETENDO

Se você é servidor e está lendo isso, pare e pense: quantas vezes você já precisou parcelar algo que antes era fácil pagar à vista? Quantos remédios deixou de comprar? Quantas vezes tirou da alimentação pra pagar uma conta?

Esse adiamento é mais um capítulo de uma história em que o salário do servidor vai sumindo diante dos nossos ol

hos.

QUEM TEM VOZ, PRECISA USAR

É hora de ficar atento, de cobrar dos vereadores posição clara e compromisso real. Essa pauta não pode virar moeda de troca política. Cada dia sem resposta é mais comida faltando na mesa de quem sustenta a cidade.

📢 Compartilhe essa matéria. Pressão popular também é ferramenta de mudança. O salário do servidor é assunto de toda a cidade!

Imagem: Internet

Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.

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